quarta-feira, 16 de abril de 2008

Essa incerteza de olhares


Incertezas de olhares, cuidados com essas lindas pupilas que transbordam festejos.
Nesta altura, ao ponto alcançado, já não há repelências, enquanto aquelas pupilas se abrirem esse magnetismo será infindável. Conseguirá a tempestade e o furacão alcançar?
Eu já nem sei, nem é digno de mortais decifrar futuros.
E as pistas apenas aparecem. Estamos há um passo para o futuro e nem sequer sabemos qual é.
Não há despedidas, e se há são duras... longas... sem relógios para discernir o término.
Tão eficaz é a tempestade para os incertos, como a repartição dos bens.

Outro dia peguei-me sonhando com outro, olhei bem para os seus olhos, mas não vi a certeza que via quando olhava para "aquelas pupilas". Mas ele me olhou, olhar suspeito e penetrante. Algo enjaulado se transparecia. Não via certeza em suas palavras, já as que saiam de minha boca eram sempre certas, era sempre "sim", nunca um gesto de incerteza... nem dúvida.

Acordei e vi novamente a incerteza de olhares, os olhares de outrora só haviam levado novamente em questão o que eu já sabia e questionava o não saber. Sonho meu que se vai, já não existe realidade nesse meio. Apenas desvaneios de pensamentos que passam e fazem crer ainda mais na longitude. E o real é sempre assim, mais alegre... fugaz... próximo... e ao mesmo instante essa incerteza de olhares.

P.S: As palavras parecem fazer mais sentido do meio para o fim do texto.

"Tão grande o desvaneio do poeta que às vezes viaja em suas palavra"

Um comentário:

Raphaela disse...

Sei bem o que você sente!

=/